A obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá e Várzea Grande, completou em dezembro de 2015 um ano paralisada.
A implantação do novo modal, pelo valor de R$ R$ 1,477 bilhão, teve início em 2012.
À época, o então governador Silval Barbosa (PMDB) – atualmente preso – prometeu entregar a obra antes da Copa do Mundo de 2014.
No entanto, apenas sete dos 22 quilômetros de trilhos previstos foram construídos até a paralisação do projeto, em dezembro do ano passado.
Desde então, é a população cuiabana e várzea-grandense que amarga os problemas diários deixados pela obra paralisada.
Polêmica
O atual governador Pedro Taques afirmou, recentemente, que a obra parada do VLT é "um grande escândalo" em Mato Grosso. Ele disse também que fica "angustiado" por causa da situação.
Porém, Taques relatou que só vai retomar a obra após um estudo de viabilidade econômico-financeira, que está sendo feito pela empresa de consultoria KPMG.
“Não mexo em nada na obra, se não tiver essa consultoria. Preciso aguardar essa consultoria, que irá me dizer qual o modelo de operação, qual o modelo tarifário, para que eu possa decidir a forma como o VLT vai ser operado”, afirmou.
A empresa foi contratada por R$ 3,8 milhões e abriu uma série de polêmicas na Assembleia Legislativa.
O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) apresentou o que ele disse ser um "dossiê" com uma série de denúncias contra a KPMG.
Segundo o parlamentar, haveria suspeitas de direcionamento na contratação da empresa.
Ele disse que a equipe técnica da Secretaria de Cidades, responsável pelo Termo de Referência do certame, teria desaconselhado a contratação da empresa.
Em resposta, o secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, negou o direcionamento e afirmou que o parlamentar estaria agindo de má-fé.
“Me causa estranheza a postura do deputado, quando ele vai contra uma auditoria sobre o VLT que é, pela primeira vez, séria. Fica parecendo que ele quer que alguma coisa que aconteceu fique escondida e não venha à tona”, afirmou, à época.
A contratação da empresa obedece a uma decisão do juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Ciro Arapiraca.
Ela irá preparar relatórios detalhados sobre a viabilidade financeira do modal, o cronograma de término da obra, a estimativa de demandas de operação durante os próximos 20 anos, uma proposta de integração do modal à matriz de transporte das duas cidades, bem como o cronograma de desembolso do Estado para a implantação do VLT.
O estudo devem ser entregues a partir do primeiro trimestre de 2016.
Ou seja, até lá as obras devem continuar paradas.
Readequação
No dia 10 de novembro, o Estado, por meio da Secretaria de Cidades do Estado (Secid), com a Prefeitura de Várzea Grande, deram início aos reparos da Avenida da FEB, com o objetivo de amenizar os impactos da obra inacabada do VLT e melhorar o trânsito na região.
De acordo com a Secid, neste primeiro momento, será realizada uma ação de limpeza dos canteiros.
O Estado ainda planeja a contratação de uma empresa ao custo de R$ 1 milhão para retirar os "gelos baianos" (obstáculos colocados para disciplinar o trânsito) do canteiro da obra.
O mesmo serviço será feito nos canteiros do VLT em Cuiabá, mas, para isso, uma nova licitação deve ser marcada.
Fonte: Midia News
0 comentários:
Postar um comentário