Dutos atendem principalmente aos terminais da Alemoa
O Porto de Santos realiza diversos tipos de operações, movimentando de granéis a contêineres, de cargas de projeto a veículos. E trabalha com os mais variados tipos de modais: marítimo, ferroviário, rodoviário e até mesmo o dutoviário (deslocamento de mercadorias por dutos), tema desta edição da coluna Conheça o Porto.
O sistema dutoviário do cais santista conta com 56 quilômetros de tubulações, usadas para transporte de granéis líquidos. Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, Autoridade Portuária de Santos), as cargas movimentadas pelos dutos representaram cerca de 10% do total operado pelo complexo marítimo no ano passado. Ou seja, das 111,1 milhões de toneladas que passaram pela região, 11 milhões de toneladas chegaram ou partiram pelo conjunto de tubulações.
Para atender a esse mercado, o Porto conta com tanques para armazenar 700 mil metros cúbicos de líquidos. É o maior parque de tancagem deste tipo de carga no Brasil. Com essas instalações e sua rede dutoviária, Santos realiza embarques e desembarques de granéis líquidos, abastece navios (com óleo bunker) e garante as atividades offshore de apoio às plataformas de petróleo. Entre as mercadorias movimentadas, estão o álcool, derivados de petróleo, ácido acético, soda cáustica e outros insumos das indústrias de plástico e farmacêutica.
O complexo santista conta com áreas específicas para granéis líquidos. A principal é a Alemoa, onde está o Terminal para Granéis Líquidos da Alemoa (Tegla), que conta 4 pontos de atracação para navios especializados nesse tipo de carga de granéis líquidos (píeres). Um desses berços é de uso exclusivo da Transpetro (empresa subsidiária da Petrobras). No local, são operados óleo combustível, diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP), gasolina e bunker. Os outros três são utilizados por terminais da Stolthaven, da Ultracargo e da Vopak.
Outra área voltada aos líquidos e atendida pela rede dutoviária do Porto é a Ilha Barnabé, na Margem Esquerda do estuário. Ela tem três pontos de atracação: dois públicos e um de uso privativo, utilizado pela Ageo. No local, as cargas são movimentadas pelos terminais da Adonai, da Ageo Trading, da Copape, da Granel Química.
Fonte: A Tribuna
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